14.2.12

Hafiz (1325-1390)




Chama Al-din Muhammed Hafiz foi um dos mais importantes poetas líricos persas, conhecido por seu domínio no gazel (espécie de ode), sua dedicação religiosa como professor do alcorão e adpeto do sufismo.
Em sua obra exalta o amor, os temas báquicos e a beleza, sendo um dos poetas mais importantes do mundo Islâmico da Pérsia e do literário Árabe, inspirando várias gerações de poetas após a sua.
Estima-se que tenha escrito mais de 5000 mil poemas porém muitos foram destruídos por clérigos que não aprovavam o conteúdo dos poemas, mais tarde um outro mestre sufi Inayat Khan explica, ''a missão de Hafiz era mostrar para um mundo fanático religioso que a presença de deus não está só no céu, está na terra também.

Um dia, o sol admitiu:
Sou apenas uma sombra,
quisera poder mostrar-te a infinita incandescência
que lançou minha imagem brilhante.
Quisera poder mostrar-te,quando você se sentir só ou na escuridão,
a surpreendente luzdo seu próprio ser.


A tarefa mais difícil ao caçar-te, Deus,
É usar aquele arco e aquelas flechas que déste ao meu coração.
Eles são feitos de simples água.
Eu miro a uma longa distância para o Sol.
Hafiz, quem pode entender o profundo absurdo
de todo o esforço neste caminho.
Porque não colocar esse antigo dilema do outra maneira.
Escute: Não foi apenas uma vez em nossa história
que uma formiga saiu e capturou um elefante com apenas uma mão.
Isso não te diz alguma coisa nova?
Talvez não
Este trabalho de ensinar não é fácil.


Uma destas noites, um sábio me falou: "É preciso conheceres o segredo daquele que nos vende o vinho."
E ainda: "Não leves nada a sério. O mundo carrega de enormes fardos aqueles que dobram a cerviz."
Depois, estendeu-me uma taça onde o esplendor do céu se refletia tão vivamente que Zuhra se pôs a dançar:
"Filho, segue o meu conselho; não te inquietes com as noites deste mundo. Guarda as minhas palavras: elas são mais raras do que as pérolas"
"Aceita a vida como aceitas essa taça, de sorriso nos lábios, ainda que o coração esteja a sangrar. Não gemas como um alaúde; esconde as tuas chagas"
"Até o dia em que passares por trás do véu, nada compreenderás. Não podem ouvidos humanos ouvir a palavra do anjo"
"Na casa do amor, não te envaideças das tuas perguntas, nem da resposta."
Vinho, ó Saki, mais vinho: as loucuras de Hafiz foram compreendidas pelo Senhor da alegria, Aquele que perdoa, Aquele que esquece...



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