22.12.11

Isabella Blow

Ícone de moda, Isabella Blow nascida Isabella Delves Brougthon, foi uma mulher que antes de tudo enxergava o que estava a frente do seu tempo, antes de ser tornar essa figura exótica e requisitada do mercado fashion, Isabella trabalhou no mais diferentes ramos, desde vendedora de lojinha até arrumadeira de hotel, mudou-se para NY no final dos anos 70 e estudou arte chinesa antiga, começou os anos 80 trabalhando para Guy Laroche, um estilista francês dono da marca do mesmo nome.
Na mesma década conheceu Anne Wintour, então editora da Vogue norte-americana, mas logo passou a trabalhar diretamente para André Leon Talley, diretor da vogue nos EUA, em NY teve contato com vários artistas influentes da época como o de praxe Andy Warhol e Jean-Michel Basquiat.
Em 1986 ela volta para Londres onde passa a trabalhar para Michael Roberts, então editor de moda da revista britânica tatler e da revista style do sunday times, 1989 casou com seu segundo marido, Detmar Blow, quem desenhou seu vestido de casamento foi Philip Treacy, nesse momento começa uma das relações mais famosas do mundo da moda, onde Isabella vira musa para os chapéis de Treacy, e de fato ela ficou conhecida por usar esses chapéis que eram exageradamente grandes ou exóticos na maioria das vezes, quando perguntam sobre à ela, responde, ''uso chapéis grandes para manter as pessoas longe de mim, elas perguntam posso lhe beijar? eu digo, não, só quero ser beijada por pessoas que eu ame realmente''.
Isabella foi quem descobriu Alexander Mcqueen, ela comprou sua coleção de graduação no mestrado em design de moda pela Saint Martins por apenas 5 mil libras, pagando 100 libras por semana, isso em 1992, hoje essa coleção deve valer uma fortuna exorbitante, além disso foi ela quem descobriu modelos como Sophie Dahl.
Foi diretora de moda da tatler, consultora de marcas como Lacoste e Swarosvki, no final da vida se tornou uma pessoa depressiva, talvez por não encontrar um lugar no mundo em que tanto influenciou, como disse Cathy Horyn para o The New York Times em 2007, teve problemas financeiros sérios, se separou por um breve momento de Detmar Blow, dizem que ficou preocupada que Mcqueen não fosse a levar junto quando vendeu o nome de sua marca pra a Gucci, mas ao mesmo tempo foi ela quem fez todo os trâmites dessa transação, tentou se suicidar duas vezes até que em 2007 sai de uma ''festinha'' para fazer compras e encontrada mais tarde agonizando por sua irmã mais nova, levada ao hospital confessa que tomou paraquat (herbicida altamente tóxico para humanos), sofreu por mais dois dias, até que encontra os
braços da morte em 8 de maio de 2007.
Em 2010 uma irmão de Blow começa uma movimentação para fazer uma bazar com toda sua coleção de roupas, almejada por muitos! A coleção foi toda arrematada por sua amiga em vida, Daphni Guinnes, a coleção contava com 90 vestidos Mcqueen, 50 Chapéis de Treacey e portrait's da própria feitos por Mario Testino e Karl Lagerfeld, foi quase a venda da essência de Blow, do que restou dela além de seu  legado.
Blow foi uma mulher única, tinha um senso para descobrir o que iria ''acontecer'' em questão de moda e design, mais aguçado que a maioria das pessoas, isso foi um dos fatores que a fez um ícone, ela foi deserdada pelo pai, nem vale escrever o por que, ela gostava de fotógrafos de rua, artistas inovadores e inusitados como Lachapelle, com quem tem uma série de fotos junto a Mcqueen em dezembro de 1996, talvez isso ajudou a estar sempre a frente do seu tempo, tinha uma rede de contatos de dar inveja a qualquer um, mas antes de tudo era uma amante do bom gosto.









*Babes in London, editoral produzido por Blow e Steven Meisel, em 1993.


"Fashion is a vampiric thing, it's the hoover on your brain. That's why I wear the hats, to keep everyone away from me. They say, 'Oh, can I kiss you?' I say, 'No, thank you very much. That's why I've worn the hat. Goodbye.' I don't want to be kissed by all and sundry. I want to be kissed by the people I love."
Isabella Blow  (1958-2007)









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